Entrevista do Presidente Idealizador Célio Lacerda ao Jornal Acontece

No dia 11 de abril de 2001, foi fundado o Rotary Club Cubatão / Jardim Casqueiro. Naquele ano o governador do distrito EDG, Henrique Camilo de Lellis, juntamente com o governador assistente da época, Abílio Lourenço Neto, resolveram juntos fundar um novo Clube. A partir daí surgia um clube comprometido em ajudar o próximo. O primeiro presidente do Rotary Cubatão / Jardim Casqueiro foi o companheiro José Esvanildo de Oliveira, o popular Tita.
Tanto Tita como Abílio, ainda fazem parte do quadro social do Clube e ambos são membros atuantes e comprometidos com o lema “dar de si antes de pensar em si”.Passados quase oito anos de história e com diversos projetos voltados à comunidade mais carente. O clube, hoje mais amadurecido e demonstrando robustez e iniciativas coletivas de trabalho, vem conquistando espaço gradativamente junto à comunidade e autoridades locais. O lema da gestão atual é “Realizemos os Sonhos” e o presidente do Clube é o engenheiro e empresário Célio Lacerda, associado desde 2002. Casado com a gerente financeira, Rita de Cássia, Célio é natural de Cubatão e, além de conselheiro da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Cubatão, é também o atual suplente do engenheiro Wagner Moura junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de São Paulo (CREA).

Jornal Acontece: O que é Rotary para você?

Célio Lacerda: Rotary para mim e também para minha família, é muito importante, é sinônimo de “alegria e satisfação”.

J.A.: O que é preciso para que um cidadão participe de um Clube de Rotary?

Célio: Primeiro, ser convidado. Segundo, é necessário que ele tenha prazer em proporcionar alegria, esperança ou ajuda às pessoas que ele pouco ou nada conhece. Depois, que ele tenha vontade de fazer parte de um grupo de pessoas que se reúnem toda semana compartilhando companheirismo e buscando sempre, maneiras de impactar a vida de pessoas de forma positiva.

J.A.: Os associados de um Clube de Rotary, algumas vezes são estigmatizados como pessoas que integram a chamada elite. Verdade?

Célio: De forma alguma. Rotary é um clube de servir, de profissionais. Nós temos em nossas fileiras profissionais de diversas áreas e segmentos, mas todos comprometidos com um objetivo comum. É claro que alguns com poder aquisitivo infinitamente superior a outros, no entanto, respeitar diferenças faz parte do processo de convivência de qualquer grupo de pessoas e também da filosofia de qualquer cidadão que integre um clube do Rotary. Rotary não discrimina quem possui mais ou quem possui menos em hipótese alguma.

J.A.: Classe social, religião e política impedem ingresso ao Rotary?

Célio: No Rotary não nos preocupamos com dogmas ou crenças quaisquer que sejam, respeitamos todas. Sendo apolíticos no sentido de política partidária, não colocamos o assunto em pauta de reunião, mas não descartamos em hipótese alguma que o rotariano seja fiel à cidadania e que vislumbre o bem estar do próximo.

J.A.: Então qualquer cidadão pode ser um rotariano?

Célio: Sim, desde que seja convidado. Alguns princípios norteiam a organização Rotary desde sua fundação, em 1905. Por exemplo, o companheirismo e a amizade que se consegue dentro do grupo devem servir de mola propulsora para criar oportunidades de servir aos menos favorecidos; o respeito e o reconhecimento de toda e qualquer ocupação, bem como, a difusão da ética profissional; a conduta exemplar e preceitos do rotariano na sua vida pública e privada; a aproximação dos diversos profissionais no mundo, visando boas relações entre os mesmos, cooperação e paz entre todas as Nações e aproximar profissionais é interessante e de extrema importância, Rotary hoje se encontra em mais de 200 países.

J.A.: Mas o rotariano tem obrigação de se relacionar comercialmente somente com rotariano?

Célio: Não somos e nem convivemos com doutrina ortodoxa alguma. Nossa vida e relação profissional são como a de qualquer outra pessoa. No entanto, nada impede que rotarianos façam negócios com rotarianos, aliás isso é muito saudável, válido e acontece com frequência. Afinal, onde encontraríamos com tamanha abundância profissionais liberais ou não? Evidente que dentro das normas e preceitos morais e éticos. Aliás, encontra-se documentado no item oito da “Declaração para Executivos e Profissionais Rotarianos” o seguinte: não procurar obter de um rotariano, nem lhe outorgar, um privilégio ou uma vantagem que não sejam normalmente concedidos num relacionamento comercial ou profissional.

J.A.: Vamos falar um pouco da sua gestão? Como é presidir um clube de Rotary?

Célio: Eu só tenho que agradecer a oportunidade e a confiança que os companheiros depositaram em mim quando me elegeram presidente da gestão 2008/2009. Assumimos em julho de 2008 e estaremos à frente do Clube até 30 de junho de 2009. Entendo que esta gestão tem sido muito produtiva e vou sentir saudades (risos).

J.A.: E a família entende e participa?

Célio: Claro, isso é fundamental. Rotary é família. Minha esposa Rita e minha filha Rafaela adoram e participam ativamente do Clube. Inclusive quando assumimos o cargo maior, o casal é que é empossado. Ambos recebem a missão de liderar o grupo. E o apoio, a motivação, as ideias e o comprometimento da Rita tem sido de grande importância não só para mim, mas também para a família Rotary Casqueiro.

J.A.: Falando em datas festivas, quando da posse do casal, que todos seguimos e comprovamos o sucesso da festa, o Rotary Casqueiro proporcionou mais um grande evento: O “Bar Rotário”, que já é uma tradição do Clube. Como foi?

Célio: Pois é. É como você disse. O sucesso da festa de nossa posse, que aconteceu em julho de 2008, marcou, e muito nos emocionou, contamos com a presença de 185 pessoas, foi maravilhoso. Já o nosso “Bar Rotário”, que aconteceu em novembro de 2008, foi prazeroso demais, tivemos a presença de 258 pessoas. Quero agradecer a todos os amigos que estiveram presentes e participaram conosco desta empreitada. Também quero agradecer a todos os companheiros do meu Clube, através da seriedade e do prestígio de cada um deles conseguimos atingir o objetivo almejado por todos, sem eles, não teríamos sucesso algum.

J.A.: Existe uma aproximação do Grupo de Apoio às Crianças -Vila dos Pescadores (GAC) com o Rotary Casqueiro?

Célio: Sim é fato. Esta aproximação existe já há algum tempo, tanto que muitos trabalhos foram desenvolvidos em gestões anteriores à nossa.

J.A.: Hoje esta aproximação é mais efetiva, concreta?

Célio: Eu diria que sim. Ao assumir a presidência do GAC, a Dra. Mary Inês Dias de Lima e também o vice-presidente, Padre Valdeci João dos Santos, estiveram em nosso clube e mostraram-se receptivos a parcerias que viessem beneficiar as crianças. Isso foi muito legal e de certa forma nos motivou, pois sentimos, uma integração gerando credibilidade, respeito e confiança mútua. Em parceria com o GAC, no Dia das Crianças nós conseguimos levar 109 crianças num passeio maravilhoso ao Aquário Municipal de Santos. Servimos lanches, sucos, refrigerantes para todas as crianças, e tivemos o prazer de ver naqueles olhinhos o brilho da alegria. Para muitos deles aquele simples passeio foi como uma verdadeira “viagem”. Tenho certeza que mesmo na fase adulta, muitos deles ainda carregarão consigo as imagens e lembranças daquele dia. Não posso deixar de agradecer ao Sr. Luis Alfredo, Presidente da empresa parceira Alfretur Turismo, que nos cedeu transporte gratuito para o evento.

J.A.: O Clube efetuou algum trabalho voluntário neste Natal?

Célio: Sim. Ainda no GAC e também na brinquedoteca municipal, instalada nas dependências do hospital Dr. Luiz Camargo da Fonseca e Silva.

J.A.: Quais trabalhos tiveram participação?

Célio: Com parte da renda que arrecadamos no “Bar Rotário” citado anteriormente, nós conseguimos presentear 97 crianças na festa de Natal proporcionada pela Diretoria do GAC. Tivemos a presença de Papai Noel, distribuindo presentes, guloseimas e refrigerantes. Ainda no GAC e no Natal, nós tivemos a felicidade de poder contribuir com alimentos não perecíveis, somados aos arrecadados para o GAC, os mesmos foram distribuídos em cestas básicas aos pais das crianças cadastradas junto àquela entidade. Neste projeto, agradeço a todos da comunidade que colaboraram com doações de alimentos e também às Escola de educação infantil e fundamental ABC MASTER - Casqueiro, cuja proprietária é a sra. Alaíde e CCBEU-Casqueiro, escola de inglês cuja proprietária é a sra. Ana Carolina, ambas muito têm nos ajudado com contribuições valiosíssimas.

J.A.: E a Brinquedoteca?

Célio: Então. Temos a felicidade de poder estar contribuindo para o bem estar de crianças enfermas, bem como, dos seus familiares. Este é um projeto muito legal e que nos deixa com uma paz de espírito muito grande. No Dia das Crianças nós estivemos fisicamente na festinha deles, achamos que a presença é muito importante. Também contribuímos com presentes para todos e refrigerantes. Já no Natal, mais uma vez tivemos participação física além dos presentes que enviamos. Estamos aguardando agora o aniversário da Maria Saúde e nós mais uma vez estaremos lá (risos). Maria Saúde é uma personagem da brinquedoteca criada pela pedagoga responsável Maria de Fátima Fernandes, que considero profissional de seriedade acima da média, vem executando um excelente trabalho e com isso contribuindo de forma significativa na melhoria do quadro clínico das crianças.

J.A.: Legal e gratificante, não é? Algum outro trabalho?

Célio: Sim. Ainda no hospital, as portas dos quartos das crianças da Ala de Pediatria foram decoradas com gravuras infantis. Algumas com gravuras novas e outras com a revitalização das gravuras. Este foi um trabalho gostoso que contou com o envolvimento de alguns companheiros, mas permitam-me enaltecer a grande participação do nosso companheiro Almir Pereira que foi o grande motivador.

J.A.: A tragédia de Santa Catarina. Vocês se mobilizaram. Como foi?

Célio: É verdade. Foi muito triste. Nós nos empenhamos e tivemos a felicidade de em parceria com a ACIC, vocês do Acontece, órgãos públicos, privados, empresas de transportes, imprensa e comunidade em geral, enviar para àquele Estado mais de 6 toneladas em doações. Tenho certeza que assim como nós, vocês sentiram a satisfação de saber que contribuímos um pouquinho para amenizar o sofrimento de pessoas.

J.A.: Projetos em andamento?

Célio: Com certeza. Mas antes, faço questão de lembrar, que o Rotary Club Jardim Casqueiro em noite memorável e de grande festa teve a honra de prestar uma linda e merecida homenagem aos meios de comunicação e imprensa local, ainda na primeira gestão. Quero deixar aqui registrado que o Jornal Acontece teve expressiva votação dentro dos critérios estabelecidos pelo Clube, portanto, também foi homenageado naquela oportunidade e com merecimento. Obrigado a todos vocês profissionais de imprensa que trabalham com seriedade para transmitir à população todas as informações.No momento estamos todos envolvidos num projeto que visa contribuição à Fundação Rotária. Nossa intenção é enviarmos pelo menos 2500 doses da vacina contra a poliomielite, é um projeto que envolve um grande esportista que é o Pelé e a gestão 2007/2008, através do EGD Luiz Fonseca. Estamos também com outro projeto através de subsídio simplificado do distrito, que estaremos concluindo agora em fevereiro e posso adiantar à vocês que será belíssimo e de grande importância no desenvolvimento intelectual e na formação cidadã de crianças. Vou dar para vocês em primeira mão o nome do projeto: “Magia do Saber”, trará benefícios imensuráveis, acreditem.

J.A.: Bom. E agora para o segundo semestre da gestão, algo programado?

Célio: No próximo dia 05, teremos uma reunião com a finalidade de mostrar aos nossos amigos, parceiros e profissionais, “o que é Rotary e o que Rotary faz”. Ainda em fevereiro, dia 26, teremos uma palestra com o tema “TV Pólo - nossa história”, é importante que o cubatense saiba a trajetória e a perseverança de profissionais que trabalham para levar a todos informação, lazer, cultura, assim como vocês o fazem, e com isso valorize os meios de comunicação local. Nesta mesma noite, estaremos empossando novos associados, será magnífico tenho certeza e todos estão convidados.Já em março estamos programando um Fórum sobre o tema “Fundação Rotária”. A proposta é conscientizar o rotariano, não só os mais novos, mas também os experientes, sobre o trabalho e a importância da Fundação Rotária para o crescimento e a robustês da Organização Rotary a nível mundial. Já no final de março teremos uma grande festa em comemoração aos 8 anos do Clube, não tenho ainda os detalhes, mas posso adiantar que existe uma comissão motivada e trabalhando com afinco para proporcionar um evento de qualidade. Após isso estaremos iniciando atividades voltadas para a Páscoa e festas juninas.

J.A.: Obrigada pela entrevista e que você tenha muita sorte neste segundo semestre da gestão.

Célio: Eu é que agradeço, por vocês nos darem a oportunidade de mostrar à comunidade o propósito de Rotary e de estarem sempre nos ajudando a ajudar. Obrigado.Quem quiser saber um pouco mais sobre nosso Clube, basta acessar www.rotarycasqueiro.blogspot.com. As reuniões acontecem toda quinta-feira a partir das 20:30hs no Restaurantes Kalabalis - piso superior.